Caso Luffy: Integrante é condenado à prisão perpétua por latrocínio ligado a onda de crimes no Japão no início de 2023

Publicado em 17/12/2024
Por Eduardo Rodrigues

Na segunda-feira (16), o Tribunal Distrital de Tóquio, filial de Tachikawa, condenou Shingo Kato, de 26 anos, à prisão perpétua por seu envolvimento no roubo que resultou na morte de uma idosa de 90 anos em Komae, no oeste de Tóquio, em janeiro de 2023.

O juiz Takehiko Okada afirmou que Kato teve um papel "proativo, motivado por forte ganância financeira", e ressaltou que ele é profundamente responsável pela morte da vítima.

Kato e seus cúmplices invadiram a casa da idosa se passando por entregadores. A mulher foi levada ao porão, onde outro criminoso, armado com uma barra de ferro, aguardava. A vítima foi brutalmente espancada e amarrada, vindo a falecer em decorrência das agressões. Entre os itens roubados estavam relógios de alto valor.

Segundo o julgamento, Kato tinha plena consciência do perigo que a idosa enfrentaria. Além disso, ele admitiu participação em outros crimes, incluindo um roubo ocorrido em Hiroshima, em 2022.

O caso está relacionado a uma série de roubos e assaltos comandados por um homem que utilizava o pseudônimo “Luffy” — referência a um personagem popular de anime. Desde 2021, cerca de 50 roubos no Japão foram atribuídos ao grupo, que recrutava pessoas por meio de redes sociais, oferecendo “yami baito” (trabalhos temporários ilegais).

Os líderes do grupo, incluindo Kiyoto Imamura, conhecido como Luffy, foram presos e deportados das Filipinas para o Japão, onde enfrentam diversas acusações.

Este não é o único julgamento relacionado ao caso. Em novembro, o cúmplice Rikuto Nagata, de 23 anos, foi condenado à prisão perpétua por seu papel central no crime. Nagata recorreu da decisão.

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