A China revelou nesta quarta-feira, dia 25, que realizou com sucesso o raro lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) no Oceano Pacífico, segundo boletim dado pelo Jornal Yomiuri. O lançamento, que carregava uma ogiva simulada de treinamento, atingiu seu alvo designado, de acordo com as autoridades chinesas.
Este movimento é visto por analistas como um possível recado para os americanos, que vêm intensificando sua postura frente à China. Embora o governo chinês tenha afirmado que o teste faz parte de seu cronograma de treinamentos militares para o ano e esteja em conformidade com as leis internacionais, o fato de envolver um ICBM, capaz de alcançar o território continental dos EUA, é motivo de preocupação global.
A agência estatal Xinhua informou que a China notificou previamente os países envolvidos sobre o lançamento, que “testou de forma eficaz o desempenho de armas e o nível de treinamento das tropas, atingindo os objetivos esperados”.
Em paralelo ao lançamento, o Ministério da Defesa de Taiwan relatou atividades militares chinesas significativas ao redor da ilha, com 23 aeronaves, incluindo caças e drones, sobrevoando a região. Destas, 22 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma área tensa entre os dois lados.
Embora Taiwan tenha confirmado a realização de exercícios com mísseis por parte da China, o país não mencionou diretamente o lançamento do ICBM. O governo taiwanês respondeu enviando aeronaves e navios para realizar missões de vigilância.
As tensões militares envolvendo a China têm aumentado nos últimos meses. Desde agosto, foram relatadas várias violações do espaço aéreo e marítimo do Japão, incluindo a recente navegação do porta-aviões chinês Liaoning nas proximidades de Okinawa. Além disso, exercícios militares conjuntos com a Rússia sugerem uma resposta à aliança Japão-EUA.