No último domingo, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, participou de um debate transmitido pela NHK, onde abordou as medidas que o governo está implementando para enfrentar o aumento dos preços. Entre elas, destacou que o foco imediato será a concessão de subsídios para famílias de baixa renda.
No entanto, Ishiba enfatizou que, por enquanto, o governo não planeja implementar cortes no imposto de renda devido ao impacto significativo que isso teria sobre a arrecadação. "Implementaremos políticas de curto prazo, como subsídios para as famílias de baixa renda", disse o premiê. "Mas, para garantir que o aumento dos salários supere o aumento dos preços, a estrutura econômica precisa mudar de um modelo de 'redução de custos' para um modelo de 'alto valor agregado'. Caso contrário, essa tendência não será sustentável."
Sobre a possibilidade de reduzir o shouhizei (imposto sobre o consumo), Ishiba explicou que tal medida comprometeria o financiamento de programas essenciais, como o seguro social e aposentadorias. "Se reduzirmos o shouhizei, não conseguiremos garantir uma fonte estável de recursos para o seguro e a aposentadoria, então não faremos isso. Embora não esteja descartada, também não estamos considerando aumentar a taxa no momento", esclareceu o primeiro-ministro.
Ishiba também observou que tanto os cidadãos quanto o governo estão sentindo os efeitos da alta de preços e que a arrecadação de impostos precisa ser monitorada de perto. "Enquanto os cidadãos sofrem com o aumento dos preços, o governo também sente o impacto. Precisamos observar cuidadosamente se a arrecadação de impostos sobre consumo, empresas e renda irá aumentar", afirmou ele.