A polícia japonesa está intensificando suas ações para proteger pessoas que desejam abandonar empregos ilegais conhecidos como “dark part-time jobs”. Esses trabalhos, muitas vezes associados a crimes como assaltos, preocupam as autoridades, principalmente na área metropolitana de Tóquio, onde os casos têm sido mais recorrentes.
Esses empregos começam com anúncios que prometem altos salários, atraindo principalmente jovens. No entanto, durante o processo de candidatura, os interessados são obrigados a fornecer informações pessoais, como fotos de documentos de identificação e números de telefone. Quando tentam desistir, acabam sendo ameaçados com represálias contra eles ou suas famílias.
Entre 18 de outubro e 7 de novembro, 46 pessoas buscaram ajuda das autoridades para deixar esse tipo de trabalho. A maioria é composta por jovens, que são mais suscetíveis às pressões dos recrutadores. Em um caso recente, um homem na faixa dos 40 anos, após se candidatar a um emprego por meio da rede social X (antigo Twitter), percebeu que o trabalho envolvia atividades criminosas e tentou cortar contato com os recrutadores. Ele começou a receber mensagens ameaçadoras e foi orientado pela Polícia Metropolitana de Tóquio a deixar sua casa temporariamente para garantir sua segurança.
Para lidar com o problema, as autoridades estão implementando uma série de medidas, que incluem:
Abrigo em locais seguros: para proteger os indivíduos que enfrentam riscos.
Ajuda financeira: para permitir que vítimas mudem de endereço e evitem represálias.
Patrulhas intensificadas: em áreas consideradas de alto risco.
Sistema de emergência: para atender rapidamente pessoas em situações de perigo imediato.
Um representante da polícia de Tóquio destacou a importância de buscar ajuda assim que surgirem ameaças, sem medo de represálias. A recomendação é que qualquer pessoa que se sinta em risco por envolvimento nesses empregos ilegais entre em contato com a polícia imediatamente.
Essas ações visam proteger jovens e outros grupos vulneráveis da exploração e das ameaças associadas a esse tipo de trabalho, além de combater as redes criminosas que se aproveitam da situação econômica e social dessas pessoas.