273 professores no Japão punidos no ano fiscal de 2019 por má conduta sexual

Publicado em 11/04/2021
Por Silvio Mori

O número de professores de escolas públicas no Japão que foram punidos por má conduta sexual no ano fiscal de 2019 ficou em 273, o segundo maior número já registrado, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Educação.

O número, apenas nove a menos do que o recorde estabelecido no estudo do ministério para o ano fiscal de 2018, inclui 126 casos envolvendo seus alunos ou ex-alunos que ainda eram menores de 18 anos.

“É extremamente grave que nossas medidas não tenham melhorado a situação”, disse um funcionário do ministério na terça-feira, acrescentando que vai pedir aos conselhos de educação de todo o país que apliquem estritamente medidas preventivas, como proibir interações privadas entre professores e seus alunos nas redes sociais.

O ministério, que aconselhou os conselhos de educação a demitir todos os professores envolvidos em má conduta sexual, também está considerando aumentar o período de blecaute de três para cinco anos para aqueles que perderam a licença de ensino devido a ação disciplinar.

Também decidiu estender o histórico visível dos registros de ação disciplinar de um professor para 40 anos.

De acordo com o estudo fiscal de 2019, 153 professores foram demitidos por má conduta sexual no ano até março último, enquanto 50 foram suspensos do trabalho, 16 tiveram o corte de salário e nove receberam advertências. Outros 45 foram repreendidos ou receberam penalidades mais leves.

Os professores do sexo masculino representavam 97,4% dos infratores, com distribuição relativamente uniforme entre as faixas etárias.

O abuso sexual foi responsável pela maioria dos casos de má conduta sexual aos 84, seguido por relações sexuais aos 49 e fotografia não consensual e voyeurismo aos 33.

A maioria dos casos, num total de 186, ocorreu fora do horário de trabalho, sendo 20 durante as aulas e 16 nos intervalos.

O mesmo estudo constatou que o número de professores sujeitos a ação disciplinar por infligir punições corporais caiu em 28 em relação ao ano fiscal anterior para 550, enquanto os que foram punidos devido a assédio ou problemas com outros funcionários diminuíram em cinco para 27.

O número de professores que solicitaram licença por doenças mentais atingiu o recorde de 5.478.

Fonte: kyodo News

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