Mulher de 26 anos é presa por coordenar financeiramente roubo em esquema de 'Yami Baito'

Publicado em 06/12/2024
Por Eduardo Rodrigues

A polícia japonesa prendeu Keiko Muto, residente em Kyoto, sob a acusação de coordenar as finanças de um esquema criminoso que culminou em um roubo no dia 1º de outubro, em Tokorozawa. De acordo com a Jiji Press, ela teria desempenhado um papel central ao gerenciar os lucros obtidos pelo grupo e realizar transferências para os participantes.

Investigação Detalhada

As autoridades descobriram o envolvimento de Muto por meio da análise de telefones celulares e contas bancárias dos suspeitos. Segundo os investigadores, ela utilizou sua própria conta bancária online para receber os valores oriundos do roubo, repassando o dinheiro aos cúmplices.

De acordo com a NHK, Muto admitiu as acusações, afirmando:

“Eu era responsável por receber e transferir o dinheiro de pessoas envolvidas em atividades ilegais. Recebia instruções por meio de um aplicativo e já fiz transferências cerca de 20 a 30 vezes.”

As transações teriam sido coordenadas por um organizador de alto escalão, que usava um aplicativo de mensagens criptografadas. Apesar disso, a polícia ainda não encontrou evidências de interação direta entre Muto e os outros envolvidos no esquema.

O Crime de Tokorozawa

No assalto ocorrido em Tokorozawa, dois criminosos invadiram a residência de um casal na faixa dos 80 anos por volta das 2h da madrugada. As vítimas foram amarradas com fita adesiva e ameaçadas com uma faca. Os ladrões fugiram levando ¥160.000 em dinheiro.

Até o momento, a polícia prendeu seis homens, com idades entre 20 e 40 anos, relacionados ao caso. Eles desempenharam papéis diversos no esquema de 'yami baito', como executores e recrutadores.

Possível Conexão com Outro Crime

Além do roubo em Tokorozawa, as autoridades de Tóquio, Chiba, Kanagawa e Saitama investigam a possível ligação de Muto com outro caso mais grave: um roubo seguido de homicídio ocorrido em Kokubunji, Tóquio.

O que é 'Yami Baito'?

'Yami baito' se refere a trabalhos ilegais ou obscuros que muitas vezes envolvem atividades criminosas. Esses esquemas frequentemente recrutam pessoas por meio de redes sociais e prometem lucros rápidos em troca de participação em crimes como roubos, fraudes e transferências financeiras ilícitas.

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