Polícia de Tóquio e prefeituras vizinhas criam investigação conjunta após onda de roubos a residências

Publicado em 18/10/2024
Por Eduardo Rodrigues

A polícia de Tóquio, junto com as prefeituras de Chiba, Saitama e Kanagawa, anunciou na sexta-feira a criação de um quartel-general conjunto para investigar mais de uma dúzia de assaltos a residências que seguem táticas semelhantes desde agosto. Ao todo, foram registradas 14 ocorrências nas quatro regiões, e as investigações apontam que os criminosos foram recrutados online, com instruções dadas através de um aplicativo de mensagens, segundo fontes investigativas.

Um dos casos mais recentes foi o de Hiroharu Goto, de 75 anos, que foi encontrado morto em sua casa em Yokohama na quarta-feira, com sinais de espancamento e as mãos e pernas amarradas. A casa havia sido revirada e cerca de 200.000 ienes (cerca de $1.300) foram roubados, de acordo com a polícia da província de Kanagawa.

Na quinta-feira, outro incidente ocorreu em Ichikawa, Chiba, onde uma casa foi vandalizada e uma mulher de 50 anos desapareceu. Ela foi encontrada mais tarde em uma instalação de hospedagem na província de Saitama, onde Shu Fujii foi preso por confiná-la. Dinheiro também foi roubado da residência da vítima.

As investigações conectaram Fujii ao assassinato de Goto, já que suas impressões digitais foram encontradas na casa em Yokohama. Além disso, um outro homem se entregou à polícia de Kanagawa, indicando seu envolvimento no caso de Ichikawa.

Em várias dessas ocorrências, os nomes de contas de aplicativos de mensagens, como "Natsume Soseki" (um famoso romancista japonês), "Akanishi" e "Jojo" foram usados para dar instruções aos autores dos crimes, que seguiram padrões semelhantes para invadir as residências e roubar dinheiro.

No ano passado, quatro líderes de uma quadrilha foram indiciados por organizar, diretamente das Filipinas via aplicativo de mensagens, uma série de roubos no Japão. Desde 2021, mais de 50 crimes semelhantes ocorreram em 14 prefeituras, com criminosos sendo recrutados nas redes sociais por promessas de empregos "parciais" lucrativos.

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