O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou a retomada da obrigatoriedade de vistos de entrada para pessoas vindas dos EUA, Canadá, Austrália e Japão. A lei volta a ser aplicada após 4 anos, desde que o governo brasileiro anterior havia suspendido a emissão.
O motivo, segundo o governo brasileiro, foi que em virtude da isenção de visto aos países, não houve reciprocidade por parte dos mesmos. O G1, portal de notícias da Rede Globo, informou que o presidente brasileiro, Lula, chegou a falar com os homólogos portuários dos países, mas não obtiveram sucesso em parceria de isenções.
Em 2019, o então presidente, Jair Bolsonaro, retirou a obrigação dos vistos dos quatro países com o intuito de aumentar o turismo no Brasil. Porém, o atual presidente disse que a isenção não teve aumento significativo que justificava sua permanência.
A lei de retomada dos vistos passará a entrar em vigor a partir de outubro, e durante os próximos dias o Itamaraty notificará suas embaixadas.
Em nota, o MRE informou: “A isenção fora estabelecida pelo Decreto 9.731, de 16 de março de 2019, em rompimento com o padrão da política migratória brasileira, historicamente alicerçada nos princípios da reciprocidade e da igualdade de tratamento. O Brasil não concede isenção unilateral de vistos de visita, sem reciprocidade, a outros países. A partir da data de entrada em vigência da medida, será adotada a modalidade do visto eletrônico, que vigorava antes da isenção unilateral”.
No Japão, o Ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, expressou descontentamento com a decisão do Brasil de voltar com a exigência dos vistos, segundo notícia publicada pela NHK.
"Entendemos a decisão do ponto de vista da reciprocidade. É lamentável, já que esperávamos que a medida contribuísse para o desenvolvimento das trocas entre os dois países, incluindo o aumento do número de turistas e a melhoria da conveniência no âmbito empresarial, uma vez que as infecções por COVID-19 estão diminuindo", disse Hayashi em uma entrevista coletiva.
Para encerrar: "Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com o Brasil para promover a circulação de pessoas e o intercâmbio econômico".