A polícia japonesa acusa dois brasileiros detidos em setembro de serem responsáveis por cerca de 70 furtos de cabos de cobre em diferentes regiões do Japão. A série de crimes, que se concentrou em instalações de energia solar, teria causado danos estimados em 110 milhões de ienes.
Em um dos episódios, ocorrido na cidade de Suzuka, em Mie, os suspeitos roubaram 390 quilos de cobre, avaliados em cerca de 456 mil ienes. O material foi vendido a intermediários, entre eles dois cidadãos chineses, presos posteriormente por receptação de produtos roubados.
A alta valorização do cobre nos últimos anos, impulsionada pela demanda global, tem fomentado esse tipo de crime. As instalações de energia solar são frequentemente alvos devido à sua localização remota e à dificuldade de vigilância em áreas amplas.
Embora muitas empresas tenham adotado medidas de segurança, como a instalação de câmeras e sensores, proteger essas regiões continua sendo um desafio.
A polícia estuda novas regulamentações, incluindo a exigência de comprovação de procedência para a compra de metais e um controle mais rigoroso sobre os compradores. Empresas, por sua vez, estão optando por substituir cabos de cobre por alumínio, uma alternativa mais barata, embora menos eficiente.
Apesar desses esforços, o problema persiste: apenas na província de Mie, foram registrados mais de 200 furtos de cabos de cobre entre janeiro e junho deste ano.